Supremo Tribunal Federal decidirá validade das condenações no caso da Boate Kiss, com 242 mortos em Santa Maria, RS.

O Supremo Tribunal Federal (STF) terá a responsabilidade de tomar a decisão final sobre a validade das condenações de quatro réus envolvidos no trágico incêndio na Boate Kiss, que ocorreu em 2013, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O incidente resultou na morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.

No ano passado, em setembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela manutenção da anulação do julgamento do Tribunal do Júri que havia condenado os acusados em dezembro de 2021. Após essa decisão, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou recurso e, recentemente, o vice-presidente do STJ, ministro Og Fernandes, determinou que o caso seja encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. A data para o julgamento ainda não foi definida.

Atualmente, as condenações dos ex-sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, bem como do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha, estão anuladas. Eles haviam sido sentenciados a penas que variavam de 18 anos a 22 anos e seis meses de prisão.

Desta forma, um novo júri estava agendado para o mês passado, porém, foi suspenso por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a suspensão do julgamento.

Durante o processo no STJ, os advogados dos réus reiteraram que o julgamento foi marcado por diversas irregularidades, como reuniões reservadas entre juiz e conselho de sentença sem a presença das partes envolvidas, além do sorteio de jurados fora do prazo legal.

Agora, resta aguardar a decisão que será tomada pelo Supremo Tribunal Federal, que terá a última palavra sobre a validade das condenações dos acusados do incêndio na Boate Kiss.

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