No entanto, a situação tomou um rumo inesperado quando agentes da CPTM e funcionários da empresa de segurança Gocil abordaram as jovens, alegando que não poderiam cantar no vagão. Mesmo após pararem de rimar, a confusão persistiu e culminou em agressões físicas. Uma das amigas de Kisha fez um comentário que desencadeou a abordagem violenta dos guardas, com uma delas tendo as tranças puxadas e outra sendo jogada para fora do vagão.
Após o ocorrido, as artistas foram levadas à delegacia, onde enfrentaram um tratamento negligente e desrespeitoso por parte das autoridades. O advogado Guilherme Macedo, que presta assistência jurídica ao caso, explicou que estão buscando reparação dos danos sofridos na esfera civil e penal. Além disso, buscam responsabilizar os agentes envolvidos, a empresa terceirizada e a própria CPTM.
A deputada Erika Hilton (PSOL) se manifestou sobre o caso e se ofereceu para auxiliar nas questões legais. Por sua vez, Pitanga ZN destacou os impactos emocionais da violência sofrida, questionando a justiça e a impunidade em casos como esse. A CPTM informou que está conduzindo uma sindicância interna para apurar a abordagem, visando aplicar medidas administrativas em caso de irregularidades.
Este episódio lamentável evidencia a urgência em combater a violência e as injustiças sofridas por artistas independentes e mulheres negras no espaço público. A luta por justiça e respeito às individualidades deve ser incessante, visando promover uma sociedade mais igualitária e livre de discriminação.