Durante a apresentação do relatório das atividades, a deputada Socorro Neri, coordenadora da Frente Parlamentar de Transição Climática Justa, elogiou a mobilização da sociedade civil em prol de um “compromisso coletivo com um futuro mais sustentável”. Ela enfatizou a importância de atuar de forma coletiva para superar os obstáculos, especialmente o negacionismo presente no debate no Congresso Nacional.
Por sua vez, o deputado Nilto Tatto, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, alertou sobre os riscos do negacionismo na pauta legislativa, citando exemplos como o marco temporal e a regulamentação dos agrotóxicos. Ele ressaltou a necessidade de priorizar a transição energética, os biocombustíveis e o mercado de carbono como ferramentas para enfrentar as desigualdades e promover a distribuição de renda.
Woortmann, coordenador de Política Socioambiental do Instituto Democracia e Sustentabilidade, defendeu a aprovação de propostas como a Lei do Mar, a adaptação climática dos municípios e a inclusão de temas de segurança climática na Constituição. Em 2023, a Virada Parlamentar Sustentável abordou 88 propostas legislativas relacionadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.
Além disso, a participação de parlamentares, ministérios e secretarias nacionais na mobilização da sociedade civil foi destacada como um ponto positivo. A próxima edição do evento terá como foco o combate ao negacionismo, contando com a presença de representantes de diversas organizações, incluindo os Jovens pelo Clima, que buscam transformar o país por meio da mobilização da juventude.
Ao longo do ano, a Virada Parlamentar Sustentável pretende monitorar o avanço da agenda legislativa socioambiental, com análise de riscos e dados concretos para avaliar o progresso nas ações em prol do desenvolvimento sustentável e da justiça climática.
