Grupo de trabalho é instituído para estudar os riscos do uso abusivo de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes.

Os riscos do uso indevido e abusivo de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes têm sido objeto de preocupação do governo federal. Um grupo de trabalho (GT) foi estabelecido com a finalidade de abordar essa questão e propor soluções. Membros de sete ministérios e 19 representantes da sociedade civil, academia e entidades especializadas foram designados para integrar o grupo.

A intenção do GT é elaborar um guia para uso consciente de telas, oferecendo orientações para familiares, cuidadores e educadores. Além disso, o grupo visa fornecer subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas nas áreas de saúde, educação, assistência social e proteção do público mais vulnerável.

De acordo com dados da Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, entre 2019 e 2022 houve um aumento de 64% nas taxas de lesões autoprovocadas intencionalmente por crianças e adolescentes, relacionadas ao uso de telas conectadas à internet. Esse cenário demanda uma ação urgente e multidisciplinar para promover o uso consciente de telas, envolvendo diferentes segmentos da sociedade.

A presença de crianças e adolescentes no ambiente digital é cada vez mais significativa, com cerca de um terço dos usuários da internet sendo dessa faixa etária. O acesso à internet por crianças e adolescentes tem se iniciado cada vez mais cedo, com aproximadamente 24% dos entrevistados relatando ter começado a se conectar antes dos seis anos de idade. Esse cenário traz tanto oportunidades de aprendizado e entretenimento como riscos de exposição a conteúdos impróprios e exploração.

Especialistas alertam para os prejuízos causados pelo uso prolongado e inadequado de dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes. Danos físicos, cognitivos e emocionais têm sido associados a essa prática, o que torna essencial a adoção de medidas para garantir um uso saudável e responsável das telas.

Para enfrentar esse desafio, é necessário não apenas impor restrições, mas também investir em políticas públicas que promovam o cuidado com as crianças e adolescentes, bem como garantir um leque diversificado de atividades para o desenvolvimento integral desses jovens. A participação ativa de escolas, famílias e do Poder Público é fundamental para promover um equilíbrio saudável no uso de dispositivos eletrônicos.

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