CCJ aprova proposta que facilita doações para fundos da criança e do adolescente com dedução no IR, seguindo para o Senado.

Na manhã de 14 de março de 2024, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que visa facilitar a doação de pessoas físicas para os fundos dos direitos da criança e do adolescente, com a possibilidade de dedução no Imposto de Renda (IR). A relatora responsável por apresentar o parecer favorável à proposta foi a deputada Laura Carneiro, do PSD do Rio de Janeiro.

O projeto em questão é um substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação ao Projeto de Lei 3443/21, de autoria da ex-deputada Paula Belmonte, que foi analisado em caráter conclusivo e agora poderá seguir para o Senado, a menos que haja recurso para votação pelo Plenário da Câmara.

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Hoje em dia, existem 3.334 fundos desse tipo mantidos pela União, estados, municípios e Distrito Federal, os quais foram criados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O texto aprovado pela CCJ permite que o contribuinte pessoa física destine mensalmente até 6% do IR apurado para um fundo de direitos da criança de sua escolha, em contraste com a legislação atual que permite apenas doações anuais no momento da declaração do IR.

Além disso, a proposta traz outras medidas, tais como a necessidade do contribuinte indicar ao empregador a quantia que pretende doar mensalmente, a limitação da dedução a apenas um emprego caso o contribuinte tenha mais de um, o repasse realizado pelo empregador na conta do fundo após o recolhimento mensal do imposto retido na fonte, entre outras disposições.

A transparência também foi um ponto destacado durante as discussões, com o deputado Chico Alencar ressaltando a importância de a população ter controle sobre suas contribuições e o deputado Orlando Silva enfatizando a oportunidade do contribuinte direcionar parte de sua obrigação tributária para a política pública com a qual mais se identifica.

Em suma, o projeto aprovado pela CCJ representa um avanço democrático para o país, permitindo mais participação e controle por parte dos cidadãos e cidadãs no direcionamento de seus recursos para áreas de interesse público.

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