Renúncia de conselheiro na Vale e indicação de representante na Petrobras: impactos no mercado de ações brasileiro

Nesta quarta-feira, 13 de março, o mercado financeiro brasileiro apresenta um cenário de volatilidade, influenciado por diversos fatores internos e externos. A fraqueza das bolsas norte-americanas e a queda de 2,53% no preço do minério de ferro na China estão limitando o avanço do Ibovespa, principal indicador da B3, em meio a movimentos comedidos do dólar e dos juros futuros no país.

Além disso, a agenda esvaziada tanto no Brasil quanto no exterior, juntamente com o vencimento de opções sobre o Índice Bovespa, adicionam elementos de volatilidade ao mercado. Também é importante mencionar as preocupações renovadas com possíveis interferências políticas na Petrobras e na Vale, o que reduz ainda mais o espaço para um aumento significativo no índice.

O petróleo, por sua vez, registra um avanço acima de 2,00% devido a relatos de ataques de drones da Ucrânia a refinarias na Rússia, gerando preocupações em relação à oferta da commodity. Na sessão anterior, as ações da Petrobras tiveram alta de cerca de 3,00%, após a empresa ter decidido não pagar dividendos extras aos acionistas.

No que diz respeito às empresas, a Vale anunciou a renúncia do conselheiro José Luciano Duarte Penido, que criticou o processo sucessório da companhia em sua carta de renúncia. Já em relação à Petrobras, a indicação de um novo conselheiro pelo Ministério da Fazenda é vista como um fortalecimento das posições do presidente da empresa.

Os investidores aguardam por novidades em relação à decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários, enquanto o cenário de interferência estatal segue pesando. No exterior, os índices de ações nos Estados Unidos apresentam queda, enquanto na Europa a tendência é de alta. A leitura dos agentes econômicos é que, apesar da resiliência da inflação nos EUA, o Federal Reserve poderá iniciar um ciclo de cortes de juros a partir de junho.

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