A decisão dos trabalhadores foi motivada pela preocupação com a manutenção dos empregos no setor de tintas automotivas e demais áreas afetadas, além de reivindicarem a manutenção do adicional de periculosidade, com pagamento retroativo para os contratados e promovidos a partir de outubro de 2022. Também pleiteiam uma mudança na política de coparticipação no convênio médico Sul América, que tem impactado significativamente o pagamento dos funcionários que utilizam o benefício.
O sindicato protocolou uma carta de reivindicações junto à empresa, contendo 17 propostas para colaborar com um processo de reestruturação que, caso prossiga, ocorra de maneira democrática, equilibrada e transparente. Segundo o secretário de administração do sindicato, Fábio Lins, a ideia é buscar o diálogo e a negociação pela manutenção dos empregos, mas não descartam a possibilidade de greve caso não haja avanços.
Os representantes dos trabalhadores alegam que o anúncio de encerramento da produção de tintas automotivas na América do Sul é precipitado, visto que o setor automotivo no Brasil apresenta perspectivas de crescimento nos próximos anos. Entidades do setor, como a Anfavea e a Fenabrave, estão projetando investimentos significativos e um aumento na produção de veículos, o que poderia justificar a manutenção das atividades da Basf na região por mais alguns anos.
Diante desse cenário, o sindicato argumenta que a empresa deveria aguardar para tomar uma decisão definitiva em relação ao encerramento da produção de tintas automotivas, considerando as potenciais oportunidades de crescimento do setor. O presidente do Sindicato, José Evandro, ressaltou a importância de manter o diálogo aberto com a empresa e buscar alternativas para preservar os empregos dos trabalhadores.