A proposta de criar o programa de escolas cívico-militares no estado foi encaminhada à Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) nesta quinta-feira (7) e deve ser discutida e aprovada ainda neste semestre. O governo acredita na aprovação do projeto e planeja iniciar a implementação de 50 escolas cívico-militares já no próximo ano e outras 50 em 2026.
O objetivo do programa, segundo o governador Tarcísio de Freitas, é promover valores cívicos, brasilidade e disciplina, sem interferir na rotina pedagógica das escolas. No entanto, a Secretaria de Educação negou que o valor destinado aos policiais seja superior à remuneração dos professores da rede estadual, alegando que o salário médio pago aos docentes é de R$ 6.057.
A proposta prevê que os PMs da reserva atuem nas escolas para cuidar da segurança escolar e desenvolver atividades extracurriculares de natureza cívico-militar, recebendo um complemento financeiro por essa jornada de trabalho. Além disso, os policiais selecionados poderão atuar como coordenadores do programa, recebendo um adicional ainda maior.
Apesar das polêmicas em torno do projeto, o governador e seus aliados na Alesp estão confiantes na sua viabilidade e nos benefícios que podem trazer para a educação e segurança nas escolas paulistas. Agora, cabe aos parlamentares analisar e debater a proposta, levando em consideração os diferentes pontos de vista e possíveis impactos dessa iniciativa no sistema de ensino do estado.