Os representantes das famílias das vítimas trouxeram uma cruz em tamanho gigante com o nome dos que perderam suas vidas na tragédia e realizaram uma comovente homenagem, chamando as vítimas de “jóias”. A presidente da Associação dos Familiares de Vítimas de Brumadinho, Andresa Rodrigues, cujo único filho foi vítima do desastre, acusou a empresa Vale de negligência, alegando que a empresa tinha conhecimento prévio do perigo e não tomou as devidas providências.
Durante a sessão, o deputado Rogério Correia, coordenador da comissão externa que investiga o rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, também criticou a Vale, afirmando que a empresa tinha ciência do risco de acidente. Ele destacou a falta de punições até o momento e reivindicou ações efetivas do poder público.
Além disso, representantes do Ministério da Integração Regional e do Comitê Pró-Brumadinho sugeriram mudanças na legislação referente ao gerenciamento de riscos e enfatizaram a importância da fiscalização e do controle social da atividade mineradora.
O deputado Pedro Aihara chamou a atenção para o que ele considera “propaganda enganosa” por parte da Vale, alegando que a empresa tem divulgado informações falsas sobre a reparação às vítimas. Ele elogiou a atuação do Corpo de Bombeiros de Minas nos momentos iniciais do resgate em Brumadinho e ressaltou a importância de continuar a lutar por justiça.
Ao final da sessão, os nomes das 272 vítimas do rompimento da barragem foram lidos em Plenário, reforçando a necessidade de que a tragédia não seja esquecida e de que medidas efetivas sejam tomadas para evitar que acidentes como esse se repitam no futuro.