Chile exclui empresas israelenses da maior feira aeroespacial da América Latina em crítica aos bombardeios em Gaza.

O governo do Chile surpreendeu ao anunciar que empresas de Israel não participarão da Feira Internacional do Ar e Espaço (Fidae), evento de grande importância no setor aeroespacial, de defesa e segurança. A decisão foi tomada sem maiores explicações pelo ministério da Defesa chileno, levantando questionamentos sobre os motivos por trás dessa exclusão.

A postura adotada pelo governo de Gabriel Boric em relação aos recentes conflitos na Faixa de Gaza, culminando na guerra desencadeada pelo ataque do Hamas, tem sido de forte crítica e condenação. A resposta considerada “desproporcional” por Tel-Aviv frente aos eventos na região gerou tensionamentos diplomáticos, com o retorno do embaixador chileno em Tel-Aviv como sinal de insatisfação pelos bombardeios e violência no enclave.

O presidente chileno manifestou sua preocupação com as operações militares em Gaza, destacando a falta de respeito às normas do Direito Internacional com a punição coletiva da população civil palestina. A postura firme de Boric em defesa dos direitos humanos e da diplomacia como instrumento de resolução de conflitos se reflete na decisão de afastar empresas israelenses da Fidae, como forma de demonstrar a discordância com as ações do governo de Israel.

Enquanto o conflito na região já causou um número alarmante de mortes, com milhares de vítimas do lado palestino, o Chile se posiciona como um crítico às ações de Israel e busca manter uma postura de diálogo e respeito às leis internacionais. A exclusão das empresas israelenses da Fidae é mais um capítulo nessa tensa relação, que reflete a sensibilidade e o engajamento do governo chileno em questões de direitos humanos e diplomacia internacional.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo