Intensificação dos tiroteios em Porto Príncipe coloca em alerta autoridades haitianas e comunidade internacional

A capital do Haiti, Porto Príncipe, vive mais um dia de intensos tiroteios e violência nesta segunda-feira (4), com confrontos se espalhando por vários pontos da cidade, incluindo o aeroporto. O primeiro-ministro, Ariel Henry, permanece desaparecido, enquanto a situação de segurança pública no país se deteriora drasticamente, levando ao estado de emergência.

O governo brasileiro expressou preocupação com a gravidade da situação no Haiti e cobrou a comunidade internacional a tomar medidas concretas para apoiar o país, incluindo o envio de uma missão internacional de segurança. O Brasil, que tem um histórico de compromisso com a estabilização do Haiti, pediu urgência na implementação da Resolução 2699 (2023) do Conselho de Segurança da ONU para criar a Missão Multinacional de Apoio à Segurança no Haiti (MSS) e a realização de eleições assim que a segurança seja restabelecida.

Enquanto a embaixada brasileira em Porto Príncipe mantém contato com a comunidade brasileira na região e não há relatos de brasileiros afetados pela violência, a população local enfrenta crescentes ataques armados. Nos últimos dias, houve fugas em massa de detentos de prisões, confrontos entre bandos armados e a polícia, ataques a instituições públicas e tensão no principal aeroporto da cidade.

Com a suspensão dos voos e o temor de um possível retorno de Ariel Henry ao país, a população de Porto Príncipe vive em clima de insegurança e medo. A escalada da violência teve início na quinta-feira, após Henry se comprometer a realizar eleições até 2025, desagradando líderes de quadrilhas armadas que pedem sua renúncia.

Diante da ausência de Henry, o ministro da Economia, Patrick Michel Boivert, assumiu como primeiro-ministro interino e decretou estado de emergência e toque de recolher no departamento ocidental, onde está localizada a capital. A situação no Haiti permanece delicada e as autoridades locais e a comunidade internacional buscam soluções para conter a violência e restabelecer a ordem no país caribenho.

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