Presidente Lula propõe moção à ONU pelo fim do genocídio em Gaza durante Cúpula da Celac em São Vicente de Granadinas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em sua última participação na reunião de cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), realizada em Kingstown, São Vicente de Granadinas, propôs uma ação enérgica em relação ao genocídio de palestinos na Faixa de Gaza. Durante seu discurso, Lula fez um apelo à comunidade internacional para que seja tomada uma posição firme contra as atrocidades cometidas pelo governo de Israel, que resultaram na morte de mais de 100 palestinos que aguardavam ajuda humanitária.

O ex-presidente brasileiro destacou a tragédia humanitária em Gaza e criticou a indiferença internacional diante dos acontecimentos. Ele sugeriu ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que acione o Artigo 99 da Carta da ONU, permitindo que questões urgentes sejam levadas ao Conselho de Segurança. Lula também fez um apelo aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, solicitando que deixem suas diferenças de lado e ponham fim ao massacre.

Além de abordar a situação em Gaza, Lula fez menção aos conflitos em curso na Ucrânia e à crise no Haiti. Ele ressaltou a importância da reforma das organizações internacionais para combater o subdesenvolvimento e defendeu a integração regional como uma via para fortalecer os interesses dos países da América Latina e do Caribe.

Durante sua estadia em Kingstown, Lula teve encontros bilaterais com líderes regionais, como o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que anunciou a suspensão de compras de armas de Israel. O ex-presidente brasileiro destacou a importância da união dos países da região para influenciar os debates globais e fortalecer seus projetos individuais de desenvolvimento.

A agenda de Lula na cúpula da Celac incluiu reuniões com outros líderes latino-americanos, como os presidentes da Venezuela e da Bolívia, e a participação em cerimônias de assinatura de acordos bilaterais. Após encerrar sua participação no evento, a comitiva presidencial tinha previsão de retornar a Brasília no início da madrugada de sábado.

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