MEC libera apenas 25% dos recursos solicitados por universidades federais do Rio Grande do Sul afetadas por crise climática

O Ministério da Educação (MEC) liberou apenas 25% dos recursos extras solicitados pelas dez universidades e institutos federais do Rio Grande do Sul que foram afetadas pela maior crise climática enfrentada pelo estado. As instituições, que tiveram prédios atingidos pelos alagamentos ou servem como abrigo, pediram ao ministério um total de R$ 89,52 milhões para cobrir os custos extras decorrentes da crise.

Nesta quinta-feira (23), o governo Lula (PT) publicou uma medida provisória destinando R$ 22,62 milhões para as seis universidades e três institutos federais, o que representa pouco mais de 25% do valor solicitado. A reitora da UFPel, Isabela Andrade, destacou que as instituições fizeram uma estimativa das despesas até o momento, mas a situação ainda é incerta devido ao contínuo aumento nos níveis dos rios e no número de desabrigados.

Apesar do aceno positivo do MEC com o aporte de recursos, as universidades enfatizaram que o valor liberado está longe de ser suficiente para cobrir todas as necessidades. As instituições tiveram suas atividades acadêmicas interrompidas devido às fortes chuvas, com alguns prédios atingidos e dificuldades em retomar as operações normais.

Os recursos liberados pela medida provisória devem ser usados para limpeza, manutenção e recuperação das instalações afetadas, visando retomar as atividades nas instituições. A UFSM foi a única a retomar parte das atividades acadêmicas de forma remota até o momento, enquanto outras instituições como a UFRGS, UFCSPA e IFRS ainda enfrentam danos significativos devido às enchentes.

As universidades federais do Rio Grande do Sul têm sido fundamentais no acolhimento dos desabrigados e no apoio aos estudantes e funcionários afetados. Além disso, os docentes e pesquisadores das instituições estão fornecendo apoio técnico e científico para lidar com a crise, contribuindo para amenizar os impactos da catástrofe.

Apesar dos esforços das universidades em enfrentar a crise, a redução no orçamento do ensino superior tem sido um desafio constante, com cortes que impactam diretamente as atividades acadêmicas e de apoio à comunidade. A situação evidencia a necessidade de investimentos contínuos e adequados para garantir a manutenção das instituições e o atendimento às demandas da população afetada.

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