Sergey está sob investigação por supostos atos de espionagem, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. As instâncias da Justiça encarregadas dos procedimentos criminais informaram que as circunstâncias dos crimes ainda estão sendo analisadas, o que não justificaria a liberação antecipada do investigado. Além disso, há uma investigação em curso na Rússia sobre a participação de Sergey em uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas.
Fachin ressaltou que a extradição de Sergey está condicionada à conclusão das investigações e processos relativos aos fatos que ocorreram no Brasil. Ele também salientou que cabe exclusivamente ao presidente da República implementar a entrega do estrangeiro, de acordo com a diretriz estabelecida pelo Tribunal.
A Defensoria Pública da União, que representa o russo, argumentou que a entrega voluntária de Sergey foi homologada pelo STF em março do ano passado e deveria ser efetivada. No entanto, Fachin considerou que a prisão do russo é justificável, pois ele já foi condenado no Brasil por uso de documento falso.
Sergey Cherkasov, que viveu em São Paulo utilizando o nome falso de Victor Muller Ferreira, construiu essa identidade falsa ao longo de quase uma década. Ele foi descoberto pelas autoridades americanas e holandesas quando conseguiu um cargo no Tribunal Internacional em Haia, sendo posteriormente deportado para o Brasil. Atualmente, Sergey cumpre pena de 15 anos em um presídio federal de Brasília por uso continuado de documentação falsa.
Diante desses fatos, o ministro Edson Fachin decidiu manter a prisão de Sergey Vladimirovich Cherkasov, destacando a gravidade dos crimes pelos quais ele é acusado e a necessidade de dar seguimento às investigações tanto no Brasil quanto na Rússia.