Ministro da Fazenda defende taxação dos super-ricos em reunião do G20 após se recuperar da covid-19

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, marcou presença na reunião ministerial do G20 nesta quinta-feira, 29, após testar negativo para a covid-19. Em seu discurso, Haddad enfatizou a importância da taxação dos mais ricos em nível global, destacando a necessidade de cooperação internacional para garantir que os super-ricos contribuam de forma justa com os impostos.

Durante sua fala, o ministro ressaltou os avanços alcançados nos últimos anos em áreas como troca de informações, transparência e níveis mínimos de tributação, graças ao trabalho do G20 e da OCDE. No entanto, Haddad também alertou para o fato de que os bilionários continuam encontrando maneiras de evadir os sistemas tributários, citando um recente relatório do EU Tax Observatory que revelou que esses indivíduos pagam uma alíquota efetiva de impostos muito baixa em relação à sua riqueza.

Embora tenha perdido algumas reuniões presenciais do G20 e o lançamento do plano de proteção cambial do governo devido ao diagnóstico positivo de covid-19, Haddad confirmou que realizou novos testes que deram negativo, o que o permitiu comparecer à reunião. O ministro expressou sua ansiedade por participar do encontro pessoalmente, mencionando inclusive ter comprado um sapato e um terno novos para a ocasião.

Como presidente em exercício do G20, o Brasil tem um papel fundamental na busca por soluções globais para questões econômicas e fiscais, e a presença de Haddad na reunião foi vista como um passo importante nesse sentido. A defesa da taxação dos mais ricos por parte do ministro reflete a necessidade de um sistema tributário mais equitativo e eficaz para garantir a sustentabilidade financeira e o desenvolvimento econômico de longo prazo.

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