Na tarde de segunda-feira (26), o Comando Militar do Sudeste anunciou a abertura de um processo administrativo para investigar as possíveis irregularidades quanto à situação cadastral do acervo de armas do coronel. O local do incidente permanece interditado devido ao risco de munição escondida sob os escombros, assim como a falta de energia elétrica no prédio.
Segundo informações da Defesa Civil de Campinas, o militar em questão possui registro válido como atirador, caçador e colecionador, o que o autoriza a possuir e armazenar armas de fogo e munições dentro de preceitos legais. No entanto, o apartamento onde ocorreu o incidente pertencente ao coronel Virgilio Parra Dias, encontra-se em situação de busca pelas autoridades desde o final de semana.
As explosões e o incêndio no apartamento causaram resgates emocionantes de moradores do prédio, inclusive utilizando rapel para remover pelo menos quatro pessoas de suas unidades. O armamento estava armazenado de forma inapropriada, o que resultou em danos e queima de quase todas as armas encontradas, além de munições em quantidade aproximada de 3.000 unidades, granadas e pólvora, o que levou à intervenção do Gate para a remoção segura desses materiais.
Os 74 moradores do edifício Fênix foram resgatados em uma operação que envolveu cerca de 20 bombeiros e quatro ambulâncias do Samu. Após a realização de vistorias pela Defesa Civil, foi constatado que não houve danos estruturais no prédio, mas a recomendação é que os moradores retornem somente após a remoção completa dos escombros, sob a supervisão da Polícia Militar e do Exército.
A concessionária de energia elétrica CPFL Paulista aguarda a liberação das autoridades para restabelecer o fornecimento de energia no local, enquanto a Secretaria da Segurança Pública permanece em silêncio sobre o assunto. A cidade de Campinas permanece em alerta devido às possíveis consequências do incidente.