Ex-adeptos das Testemunhas de Jeová denunciam ostracismo religioso e pressionam por mudanças na relação com desfiliados

***Desfiliados das Testemunhas de Jeová denunciam tratamento desumano e ostracismo religioso***

O jovem Jefferson Alexandrino de Lima, após 12 anos de dedicação às Testemunhas de Jeová, resolveu deixar a comunidade religiosa devido a discordâncias em relação às diretrizes internas. Seu afastamento foi marcado por um verdadeiro ostracismo, onde amigos e familiares o abandonaram e até mesmo incentivaram sua esposa a se separar dele. Este é apenas um dos inúmeros relatos de ex-adeptos que denunciam o tratamento recebido após se desligarem das Testemunhas de Jeová.

Após enfrentar essa difícil situação, Jefferson decidiu aprofundar-se no tema do ostracismo religioso e sua relação com a depressão, apresentando um trabalho de conclusão de curso na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda. Outro ex-adepto, o empresário Fabiano de Amo, também mobilizou uma petição virtual em busca de mais diálogo, liberdade e respeito mútuo para os desfiliados da religião.

Os relatos não param por aí. Raquel Gonçalves, uma dona de casa de 57 anos, conta que se tornou uma pária para seus antigos amigos ao abandonar a fé que seguia há décadas. Já o representante comercial Francisco Couras, que chegou a ocupar um cargo de liderança na estrutura das Testemunhas de Jeová, teve que lidar com o afastamento de sua família após se retirar da religião.

O tratamento dado aos desfiliados pelas Testemunhas de Jeová levantou questões jurídicas e éticas em diversos países. Enquanto a instituição afirma que a ruptura é uma escolha pessoal e que buscam reavivar o interesse das pessoas nas questões religiosas, os desassociados acusam a organização de promover o ostracismo e a exclusão.

Em meio a essas controvérsias, o tema do tratamento dos ex-adeptos das Testemunhas de Jeová continua sendo um assunto delicado e que demanda maior atenção das autoridades e da sociedade em geral. A liberdade de crença e o respeito aos direitos humanos são princípios fundamentais que devem ser respeitados por todas as instituições religiosas e crenças, independentemente de suas doutrinas e práticas.

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