No encontro, que discutiu como os países interessados podem aderir à aliança global, o Brasil propôs que o financiamento das ações contra a fome e a pobreza seja realizado por países ricos do G20 e por grandes empresários. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, defendeu a importância do G20 como parceiro destacado e a necessidade de somar esforços para alcançar os resultados.
De acordo com estudos de organismos internacionais, são necessários cerca de US$ 78 bilhões por ano para tirar pessoas da fome e reduzir a pobreza mundial até 2030, conforme os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A pactuação global para segurança alimentar está baseada no foco nos mais pobres e vulneráveis, além da implementação consistente de políticas nacionais. As prioridades dos países-membro do G20 foram dadas à alimentação saudável, ao apoio aos pequenos e médios produtores e à inovação tecnológica.
O Brasil se comprometeu a colaborar com a transferência de conhecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além disso, o país traz experiência com programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família, que teve impacto significativo contra a fome e a pobreza.
Segundo o ministro, após 2017, a fome voltou ao Brasil e a pobreza cresceu, devido a desvirtuamentos, eliminações ou deteriorações de programas sociais. Ele indicou que, ao assumir a presidência do país, Lula se deparou com 33 milhões de brasileiros passando fome. A pandemia da covid-19, as mudanças climáticas, a crise econômica mundial e os conflitos geopolíticos têm contribuído para o aumento da fome, da insegurança alimentar e da pobreza em todo o mundo.
Até quinta-feira (22), os participantes da reunião da Força-Tarefa do G20 discutirão soluções para enfrentar a pobreza e a fome, incluindo a produção sustentável de alimentos, a proteção social e a colaboração internacional mais eficaz.