Fenômeno meteorológico causa devastação em plantações de banana no Vale do Ribeira, em São Paulo, após ventos de 125 km/h

Na última terça-feira (13), a região do Vale do Ribeira, em São Paulo, foi atingida por um fenômeno meteorológico devastador conhecido como downburst, que gerou ventos de aproximadamente 125 km/h e ocasionou a destruição das plantações de banana, principalmente no município de Sete Barras.

O episódio surpreendeu a população e os especialistas, uma vez que eventos dessa natureza são difíceis de prever. O meteorologista Bruno Kabke Bainy explica que, embora as tempestades sejam identificadas através de radares, as microexplosões, que são formações de nuvens resultantes da mistura de ar seco e frio, são desencadeadas de maneira imprevisível. A chegada de uma frente fria pelo sul do país contribuiu para a criação desse tipo de tempestade em formato de linha, o que intensificou o impacto do fenômeno.

Os danos causados nas plantações de banana foram significativos, afetando cerca de 200 produtores na região. Rafael Peniche, secretário executivo da Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira (Abavar), relata que muitos agricultores enfrentaram prejuízos na ordem de 70% das suas plantações, prejudicando a safra de março e abril. Além disso, a queda de energia elétrica também afetou a região.

Em resposta a essa situação, a entidade tem buscado auxílio por meio de linhas de crédito emergenciais e orientado os produtores que possuem seguro das plantações a acionarem as seguradoras. Segundo Peniche, a região do Vale do Ribeira, apesar de propícia para o cultivo das bananas devido ao solo naturalmente úmido, tem enfrentado mudanças climáticas atípicas, o que tem levado os agricultores a adotarem medidas simples, como amarrar as bananeiras com bambu ou fios, para minimizar os impactos.

A solicitação de posicionamento à Secretaria de Agricultura e Abastecimento e à Defesa Civil do estado foi realizada pela Agência Brasil. Até o momento, não houve resposta sobre a situação. O episódio evidencia a importância de políticas de apoio emergencial e de contingência em casos de eventos meteorológicos extremos, além da necessidade de previsões mais precisas e rápidas em situações desta natureza.

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