Deputada Flávia Morais defende reativação da subcomissão para debater Telemedicina e Telessaúde, com foco na interoperabilidade de sistemas de saúde.

De acordo com a deputada Flávia Morais (PDT-GO), a Subcomissão Especial para debater Telemedicina, Telessaúde e Saúde Digital da Comissão de Saúde deve ser reinstalada novamente em 2024, após a conclusão dos trabalhos no final de 2023. A relatora do colegiado defende que as informações sobre o setor mudam rapidamente e devem ser acompanhadas para garantir segurança e otimização dos serviços de telessaúde.

Durante os trabalhos da subcomissão, o principal desafio discutido foi a comunicação entre os variados sistemas de saúde e a padronização dessas informações, a fim de criar um banco de dados único. A deputada ressaltou a importância dessa padronização para garantir a segurança e otimização dos serviços da telessaúde.

A conclusão do relatório apresentado no final do ano passado destaca a necessidade de melhorar a comunicação eletrônica entre os sistemas informatizados existentes, principalmente entre a área federal e os estados e municípios. Segundo a deputada, foram identificados 400 sistemas no Datasus, o banco de dados do Sistema Único de Saúde, o que mostra a necessidade de otimização e integração desses sistemas.

Além disso, a deputada mencionou a deficiência na transmissão de dados na região Norte e a falta de acesso à internet em territórios indígenas. No entanto, ressaltou a importância da telemedicina para o monitoramento dessas populações e de outros grupos vulneráveis, como os idosos.

Foi sugerido durante os trabalhos o aproveitamento de infraestruturas já existentes, como as das escolas públicas, visando à expansão da rede e o uso de fibras óticas para conectar postos de saúde mais próximos.

O relatório da subcomissão também recomenda o investimento em pesquisa e desenvolvimento tecnológico para superar os desafios estruturais e a necessidade de manter a integridade e confidencialidade dos dados em todo o processo. Destaca-se ainda a importância do investimento em prontuários eletrônicos e o uso da inteligência artificial para otimizar diagnósticos.

Outras recomendações do relatório incluem a promoção do uso de telemedicina e telessaúde no SUS, o financiamento sustentável para a implementação efetiva de sistemas interoperáveis, o incentivo a emendas parlamentares em telessaúde, e reforço às medidas de segurança e privacidade alinhadas à LGPD.

Em resumo, o relatório sinaliza a importância da modernização e integração dos sistemas de saúde, bem como a necessidade de investimento em tecnologia e segurança dos dados para garantir o avanço da telemedicina e telessaúde no país.

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