Um dos eventos estratégicos da agenda do presidente é a participação no evento “Financiamento climático para a agricultura e segurança alimentar: implementação da Declaração de Nairóbi e resultados da COP28”. A Declaração de Nairobi foi assinada durante a Cúpula Africana do Clima, em 2023, na capital do Quênia, e os países africanos se comprometeram a investir US$ 30 bilhões por ano até 2030 para suprir a lacuna de financiamento em segurança hídrica.
Além disso, Lula também irá participar de encontros bilaterais com chefes de Estado africanos que estarão presentes em Adis Abeba por ocasião da cúpula da União Africana. Detalhes desses encontros ainda estão em negociação e não foram oficialmente anunciados pelo governo brasileiro.
A Etiópia, segundo país mais populoso da África, tem sido um parceiro importante para o Brasil. Os dois países desenvolvem programas de cooperação bilateral em áreas como manejo de solos ácidos e produção de algodão, e mantêm cooperação com o Programa Mundial de Alimentos (PMA) na área de alimentação escolar. A Etiópia também é membro pleno do grupo BRICS desde o início de 2024 e é um dos principais centros diplomáticos do continente africano.
A visita de Lula à Etiópia é parte do processo de relançamento da política externa brasileira para a África, que foi retomada no ano passado. Esta é a segunda visita de Lula ao continente em seu terceiro mandato presidencial, após ter visitado a África do Sul, Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde em 2023.
A volta do presidente ao Brasil está prevista para a madrugada de domingo. A viagem conta com a presença dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Anielle Franco (Igualdade Racial), Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União) e do assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial, Audo Faleiro.
