A iniciativa foi fruto do trabalho da técnica de enfermagem e pedagoga Juliana Araújo, e da enfermeira obstetra Fernanda Neres. Juntas, elas implementaram a ideia e compartilharam o conhecimento com os demais profissionais do hospital, tornando a pintura gestacional uma realidade para as gestantes atendidas no local.
A arte gestacional tem ganhado espaço em hospitais públicos e privados justamente por promover uma maior aproximação entre a gestante e o bebê. Em geral, uma sessão particular de pintura gestacional pode custar até R$ 400, levando em conta os serviços oferecidos. No entanto, no Hospital da Mulher, as gestantes têm a oportunidade de vivenciar a técnica de forma gratuita.
A técnica utiliza tintas à base de água, hipoalergênicas e livres de substâncias nocivas tanto para a gestante quanto para o feto. Além disso, as pinturas representam a vida do bebê, incluindo a localização, posição, placenta e cordão umbilical, possibilitando a inclusão de sentimentos ou palavras relevantes para a mãe.
Juliana explica que o momento da pintura gestacional é como uma despedida da barriga e oferece uma série de práticas para relaxamento, como aromaterapia, escalda pés, chá de bênção, leitura de carta e exibição de vídeo explicativo sobre a técnica. A enfermeira utiliza o eixo do umbigo para desenvolver o desenho de acordo com a posição do feto e outros aspectos.
A experiência foi vivenciada por Fernanda Gomes, gestante de 34 semanas, e o pai Felipe Chagas, que se emocionaram ao participar da pintura gestacional da Chloe, como relataram. Segundo eles, a experiência foi mágica e permitiu que sentissem uma forte conexão com a filha que está por vir.
Dessa forma, a pintura gestacional tem se mostrado uma prática inovadora e emocionante, capaz de estreitar os laços entre mãe e bebê e proporcionar momentos de grande significado e beleza. Ainda mais quando oferecida de forma gratuita em uma unidade de saúde, como é o caso do Hospital da Mulher de Santo André.
