A associação com a Polícia Militar foi considerada ofensiva e desrespeitosa, provocando reações negativas entre policiais e políticos. O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) e o deputado estadual Dani Alonso, do mesmo partido, enviaram ofícios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, cobrando medidas para punir a escola de samba. Eles propõem que a agremiação seja proibida de receber recursos públicos tanto da prefeitura como do Estado no próximo ano fiscal, como forma de punição pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada no desfile.
A reação dos parlamentares foi seguida por críticas de outras figuras políticas, como o deputado Alberto Fraga (PL-DF), presidente da bancada da bala, e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp). Todos denunciaram a forma como a escola de samba tratou a figura dos agentes da lei, considerando o desfile como um ato de escárnio.
Em resposta, a escola de samba divulgou uma nota, na segunda-feira, 12, explicando que o desfile foi um manifesto e uma crítica à exclusão de manifestações culturais como o hip hop na cidade de São Paulo. A agremiação defende que o enredo buscou homenagear e dar voz aos artistas excluídos, destacando os precursores do movimento hip hop no Brasil, que eram marginalizados e tratados de forma preconceituosa.
Com a repercussão do caso, o prefeito de São Paulo informou que não recebeu o ofício dos parlamentares, mas que irá analisar o pedido feito por eles. A polêmica envolvendo a escola de samba Vai-Vai ainda segue em pauta, gerando debates sobre liberdade artística, limites e respeito na representação de temas sensíveis em desfiles carnavalescos.