Operação Tempus Veritatis: Polícia Federal investiga tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro; militares são alvos.

Em uma operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8), denominada Tempus Veritatis, está sendo investigada uma suposta organização criminosa composta por diversos militares que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A operação visa desvendar uma tentativa de golpe de Estado por parte desses indivíduos.

Entre os investigados estão ex-integrantes do governo, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, e o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Além disso, há mandados de busca e apreensão, prisões preventivas e medidas cautelares como a proibição de contato com outros investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega dos passaportes em até 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre a operação, apelando para o rigor da lei contra os indivíduos que atacaram a democracia ao financiar os acampamentos que culminaram na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2022. Essa declaração foi um trecho de uma entrevista concedida por Lula à Rádio Itatiaia, na qual ele destacou a necessidade de aguardar as investigações para obter mais informações.

Outro ponto importante da operação é o fato de ter sido deflagrada após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, firmar um acordo de colaboração premiada com os investigadores da PF. Este acordo já recebeu a homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ademais, a operação abrange diversos estados, como Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e o Distrito Federal, com acompanhamento do Exército Brasileiro em alguns casos.

Diante desta operação, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que ele entregará seu passaporte às autoridades competentes e determinou que seu auxiliar direto, que também foi alvo das decisões judiciais, retorne para sua casa em Brasília, atendendo à ordem de não manter contato com os demais investigados.

Essa operação levanta sérias acusações e desencadeia um forte impacto na atual situação política do país, já afetada por fortes divisões e controvérsias. A população aguarda ansiosamente por mais desdobramentos e, especialmente, por esclarecimentos sobre os supostos acontecimentos que motivaram a ação da Polícia Federal.

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