Anfavea anuncia maior ciclo de investimentos na indústria automotiva da história, com previsão de mais de R$ 100 bilhões até 2028.

O setor automobilístico no Brasil está vivendo o maior ciclo de investimentos de sua história, de acordo com a direção da Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no país. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, revelou que estão previstos mais de R$ 100 bilhões em investimentos até 2028 ou 2029, tanto por montadoras quanto por fornecedores de peças.

Esses investimentos começaram a se materializar após o anúncio do novo regime automotivo, nomeado de Mover. Esse programa, desenhado para o setor automotivo, oferece incentivos fiscais de R$ 19,3 bilhões até 2028, com estímulos de R$ 3,5 bilhões apenas para este ano. A Volkswagen ampliou seu plano de investimentos em R$ 9 bilhões, chegando a R$ 16 bilhões até 2028, e a General Motors (GM) anunciou investimentos de R$ 7 bilhões no período de 2024 a 2028. Além disso, a Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, também deve anunciar novos investimentos em breve.

O presidente da Anfavea atribuiu esse novo ciclo de investimentos à redução dos juros, à aprovação da reforma tributária, à menor volatilidade do câmbio, à demanda reprimida e ao retorno do imposto nas importações de carros híbridos e elétricos, medidas que visam fomentar a nacionalização das novas tecnologias. Ele ressaltou que o programa Mover tem mecanismos inteligentes e traz previsibilidade aos investimentos da indústria automotiva, destacando que a premissa dos novos investimentos é de que não haverá aumento da carga tributária no país.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, informou que a pasta está trabalhando para regulamentar o Mover após o Carnaval, definindo as metas a serem perseguidas pela indústria para ter acesso aos benefícios do programa. Ele afirmou que os investimentos podem se aproximar de R$ 100 bilhões, ressaltando a importância do programa especial ao setor automotivo, que envolve uma longa cadeia de produção de veículos, abrangendo indústrias como aço, plástico e borracha.

Alckmin também mencionou a reforma tributária, que segundo ele muda o patamar do país ao desonerar exportações e investimentos, além de acabar com a cumulatividade tributária. Ele destacou a importância de desburocratizar o comércio e ampliar os acordos comerciais, juntamente com o crédito para exportações, com o objetivo de ter uma indústria exportadora.

Esses investimentos significam uma injeção significativa na economia do país, trazendo perspectivas de crescimento, geração de emprego, pesquisa e desenvolvimento no setor automotivo. A regulamentação do Mover e a concretização desses investimentos são aguardadas com expectativa pelo mercado e pela indústria automobilística.

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