A expressão Sul Global é utilizada para se referir aos países pobres ou emergentes, situados principalmente no Hemisfério Sul do planeta. Durante a viagem, o presidente Lula pretende abordar temas como o combate à desigualdade, a fome, a transição energética, as mudanças climáticas e a reforma das instituições internacionais, além de buscar ampliar o comércio entre o Brasil e os países africanos.
O Ministério das Relações Exteriores informou que a agenda internacional do Brasil tem coincidências com as prioridades dos países africanos, mostrando que a maior participação de nações em desenvolvimento nas decisões de organismos internacionais é uma aspiração comum entre o Brasil e os africanos.
O Brasil tem defendido reformas nos bancos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial, e no Conselho de Segurança da ONU, com o intuito de aumentar a representação dos países do Sul Global nesses espaços. A viagem do presidente Lula ao Egito e à Etiópia reflete as prioridades da política externa brasileira.
Além disso, o presidente Lula deve abordar a questão da guerra na Faixa de Gaza durante suas reuniões no Egito e na Etiópia. Ele buscará defender uma solução para viabilizar o Estado da Palestina e discutirá a possibilidade de ampliar as exportações agropecuárias do Brasil para o Egito.
No Egito, o presidente Lula tem um encontro marcado com o presidente Abdel Fattah El-Sisi, com quem irá reforçar os laços entre os dois países. Já na Etiópia, Lula terá reuniões bilaterais com autoridades e participará da Assembleia da União Africana, como convidado.
O Itamaraty interpreta o convite para a assembleia como um reconhecimento da prioridade que o presidente Lula tem dado à política externa do Brasil em relação à África. Durante a assembleia, Lula terá a oportunidade de se reunir com outros chefes de Estado da União Africana e enfatizar as oportunidades de cooperação entre o Brasil e os países africanos.
