De acordo com o economista Rodolpho Tobler, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), o aumento do IAEmp nos últimos dois meses reflete as indicações positivas do ambiente macroeconômico desde o final do ano passado. Esses desenvolvimentos têm o potencial de impactar positivamente o dia a dia dos empresários, gerando uma expectativa mais favorável, apesar de um ritmo moderado de evolução. No entanto, Tobler ressalta a necessidade de analisar o resultado com cautela, uma vez que o indicador ainda permanece em um patamar relativamente baixo.
O IAEmp é formado a partir de uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas realizadas pela FGV. Seu propósito é antecipar os rumos do mercado de trabalho no país, sugerindo uma expectativa de geração de vagas adiante.
No mês de janeiro, três dos sete componentes do IAEmp contribuíram positivamente para o resultado, com os maiores desempenhos vindo dos itens Tendência dos Negócios da Indústria, que contabilizou um acréscimo de 0,9 ponto, e Tendência dos Negócios de Serviços, com um avanço de 0,8 ponto. Por outro lado, as contribuições negativas mais relevantes partiram dos componentes Emprego Previsto da Indústria, com um impacto de -0,4 ponto, Situação Atual dos Negócios de Serviços, que teve um impacto de -0,3 ponto, e Emprego Previsto de Serviços, também com um impacto de -0,3 ponto.
Em resumo, o IAEmp aponta para uma melhora nas perspectivas do mercado de trabalho para os próximos meses, demonstrando um quadro mais otimista em relação à geração de empregos, embora ainda em um ritmo moderado de evolução. Este é um reflexo das indicações positivas do ambiente macroeconômico desde o final do ano passado, sinalizando uma expectativa mais favorável para os empresários.