Entregador é impedido de usar elevador “social” em prédio residencial no Rio de Janeiro e faz denúncia à Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando uma denúncia feita por um entregador que afirma ter sido impedido de usar o elevador de um prédio residencial em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade. O caso, que aconteceu no último domingo (4), foi registrado como injúria por preconceito.

Segundo informações, João Eduardo Silva de Jesus estava fazendo uma entrega de fardos de água mineral para um morador do condomínio, quando foi impedido de utilizar o elevador pela moradora do prédio. O entregador gravou a situação, mostrando a mulher bloqueando sua entrada no elevador e exigindo que ele utilizasse o “elevador de serviço”.

A mulher em questão será chamada para prestar depoimento na delegacia da Taquara, onde o caso foi registrado. Até o momento, o nome dela não foi divulgado e a defesa não foi localizada para comentar sobre o ocorrido.

O vídeo feito por João Eduardo tem cerca de sete minutos e mostra a discussão entre ele e a moradora. Nas imagens, é possível ver o entregador pedindo licença para entrar no elevador junto com a mulher, sendo impedido por ela. A discussão continua, com o entregador questionando o motivo da atitude da mulher e mencionando a lei sancionada em 2023 que proíbe a distinção dos elevadores por nomes como “social” e “de serviço” em prédios privados da cidade do Rio.

Durante a discussão, o elevador é mantido com a porta aberta enquanto a mulher impede a subida do entregador. A confusão só chega ao fim quando o porteiro é acionado e pede para o entregador sair do elevador para evitar mais desgastes.

É importante ressaltar que, de acordo com a legislação, fica vedada qualquer forma de discriminação em virtude de raça, sexo, cor, origem, condição social, idade, porte ou presença de deficiência e doença não contagiosa por contato social no acesso aos elevadores na capital fluminense.

Após o incidente, João Eduardo seguiu a orientação do porteiro e conseguiu concluir a entrega, registrando o caso na delegacia. A Polícia Civil segue investigando a denúncia para apurar as circunstâncias do ocorrido e tomar as medidas cabíveis.

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