Na última terça-feira (6), o governo federal anunciou um aumento de 30% nos recursos públicos destinados à infraestrutura dos chamados corredores do agro, que englobam as rodovias e ferrovias utilizadas para a exportação dos principais produtos do agronegócio brasileiro.
De acordo com o Ministério dos Transportes, o investimento previsto para 2023 será de R$ 4,7 bilhões, um aumento significativo em relação aos R$ 3,6 bilhões aplicados no ano anterior. O ministro dos Transportes, Renan Filho, ressaltou que o baixo investimento dos últimos anos resultou em uma degradação da infraestrutura do país, mas enfatizou que as medidas anunciadas visam reverter esse quadro.
O programa de investimentos prevê a realização de 60 obras consideradas estratégicas, com destaque para a retomada dos investimentos públicos na ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, e das ferrovias FIOL 1 e 2 e a FICO, que ligarão Ilhéus, na Bahia, até Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso.
O Arco Norte, que abrange os estados do Norte, Mato Grosso, Bahia, Maranhão e Piauí, terá a duplicação de importantes rodovias e a construção de pontes, visando a melhoria na infraestrutura logística para o escoamento da produção agrícola dessas regiões. Já o Arco Sul/Sudeste, que engloba o Centro-Sul do Brasil, terá a conclusão da Ferrovia Norte Sul e a intensificação das obras da ferrovia FICO, além da duplicação de diversas rodovias.
Além dos investimentos públicos, o governo prevê a realização de 13 leilões para concessões de estradas e pontes, com um montante estimado em R$ 122 bilhões. O ministro dos Transportes enfatizou a importância de atrair capital privado para o setor, ressaltando que o pagamento de tarifas justas contribuirá para a manutenção de uma boa infraestrutura.
Além dos investimentos em rodovias e ferrovias, o governo anunciou planos para o setor de portos e aeroportos, com previsão de investimentos de R$ 639 milhões em 2024, além da realização de 35 leilões de infraestrutura até 2026, com previsão de arrecadar R$ 14,5 bilhões em investimentos no setor portuário.
O anúncio dos investimentos representa um esforço do governo para melhorar a infraestrutura logística do agronegócio brasileiro, visando reduzir os custos de transporte e contribuir para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
