O palacete, construído em 1913 para ser a residência da família Ribeiro da Luz, é parte do conjunto de bens tombados como patrimônio urbanístico do distrito Bela Vista. No entanto, laudos da Subprefeitura Sé apontam danos irreversíveis e risco de colapso, levando à decisão de demolir o imóvel.
Para a instalação da barreira de proteção e o isolamento da edificação, cinco funcionários trabalharam no local nesta tarde. O contrato de demolição, assinado na última quarta-feira (31), prevê um prazo de 180 dias para a execução do trabalho, que será lento.
O palacete foi abandonado na década de 1980 e, atualmente, está sustentado por escoras instaladas em 2011. Além disso, o local está interditado pela Defesa Civil. No início de janeiro, parte do palacete desabou parcialmente, colocando em risco imóveis vizinhos e pedestres, o que levou à interdição de um prédio ao lado.
A demolição passará por etapas preliminares, incluindo vistoria e liberação de alvarás de tapume, antes que a estrutura seja demolida e o terreno limpo. A prefeitura estima que a demolição produza 1.000 metros cúbicos de entulho, equivalente a aproximadamente 70 caçambas de caminhões.
O palacete faz parte do conjunto de imóveis e traçados viários tombados da Bela Vista, distrito que tem importância histórica e urbanística para a formação da cidade de São Paulo. No entanto, para que a demolição fosse autorizada, a área do palacete precisou ser excluída do enquadramento como Zepec— zona especial de preservação cultural, demarcada pela Lei de Zoneamento.
Até o momento, a prefeitura não divulgou exatamente quais etapas da demolição foram realizadas nesta sexta-feira. No entanto, a expectativa é que o processo siga adiante conforme o planejado, visando a segurança dos moradores e pedestres da região central de São Paulo.