Federação Paulista veta Allianz Parque para jogos do Estadual devido ao estado do gramado sintético e Palmeiras muda para Arena Barueri

O Allianz Parque, casa do Palmeiras, foi vetado pela Federação Paulista de Futebol (FPF) para a realização de partidas do Campeonato Paulista devido ao estado do gramado sintético. A decisão foi tomada após a entidade avaliar que o material termoplástico utilizado para amortecer o impacto dos jogadores não está em condições ideais.

Em comunicado assinado por Fábio Moraes, diretor executivo do Departamento de Competições da FPF, foi apontado que o Allianz Parque poderá ser liberado para receber partidas após o problema ser sanado e uma nova vistoria técnica atestar a qualidade do gramado. No entanto, a ação da FPF não teve efeito prático, já que o Palmeiras já havia decidido abandonar provisoriamente o estádio até que mudanças fossem feitas pela WTorre/Real Arenas e pela Soccer Grass, empresa responsável pela grama sintética.

A Soccer Grass, em parceria com a WTorre/Real Arenas, providenciará a troca do termoplástico por um material de cortiça que não sofra impactos com as altas temperaturas e a poluição, fatores apontados como cruciais para o péssimo estado do gramado e derretimento do termoplástico. A previsão é de que o Allianz Parque tenha o gramado reformado até o dia 20 de fevereiro, enquanto isso, o Palmeiras atuará na Arena Barueri pelo Campeonato Paulista.

O termoplástico, conhecido como elastômero termoplástico (TPE), consiste em partículas cilíndricas de até cinco milímetros de comprimento, sendo necessário cerca de 30 blocos de piso com aproximadamente quatro metros de largura por 78 metros de comprimento. No entanto, o material não suportou o calor da cidade, derretendo e formando um bloco de borracha que ficou preso nas travas das chuteiras dos atletas.

Diante desse cenário, a decisão da FPF coloca em evidência a importância da manutenção e qualidade dos gramados esportivos, especialmente em estádios utilizados para competições oficiais. A situação do Allianz Parque também levanta questões sobre a viabilidade de gramados sintéticos em regiões com alta incidência de calor e poluição, trazendo à tona a necessidade de tecnologias e materiais mais resistentes e duráveis para garantir a segurança e a integridade física dos atletas.

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