Presidente Lula empossa Ricardo Lewandowski como Ministro da Justiça e destaca desafios no combate ao crime organizado.

Na manhã desta quinta-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou Ricardo Lewandowski como o novo ministro da Justiça e Segurança Pública. A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília, e contou com a presença de autoridades importantes, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, e o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco.

Durante o discurso, Lula destacou os desafios enfrentados no combate ao crime organizado, que classificou como uma “indústria multinacional com muito poder” que está presente em todas as atividades do país. O presidente demonstrou confiança em Lewandowski, que foi anunciado para o cargo no início de janeiro e teve sua nomeação publicada no último dia 22.

Lewandowski, por sua vez, afirmou que as organizações criminosas estão se infiltrando em órgãos públicos e defendeu a implementação de políticas de inteligência para identificar líderes e bloquear movimentações financeiras e patrimoniais ligadas ao crime organizado. Ele também ressaltou a importância das políticas públicas sociais para o combate à violência e à criminalidade, afirmando que é necessário ir além de uma repressão policial.

O novo ministro do STF, Flávio Dino, ocupará a vaga deixada por Lewandowski no Senado Federal até sua posse na Corte, prevista para o dia 22 de fevereiro. A abertura do ano judiciário também aconteceu nesta quinta-feira, com uma cerimônia no plenário do STF.

Ricardo Lewandowski é um ex-magistrado que chegou ao topo do Poder Judiciário e deixou o cargo de ministro do STF em abril de 2023, antecipando sua aposentadoria. Durante sua passagem pelo Supremo, presidiu o TSE e foi presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Lula indicou o advogado Cristiano Zanin para ocupar a vaga deixada por Lewandowski no STF. Lewandowski voltou a advogar e focar na carreira acadêmica após deixar o Supremo. A sua saída promoveu a nomeação de Flávio Dino como novo ministro do STF.

Com uma carreira marcada pelo garantismo, Lewandowski defendeu a importância da atuação conjunta entre estados e municípios na segurança pública e ressaltou a necessidade de neutralizar as lideranças das organizações criminosas e confiscar seus ativos. Sua nomeação é vista como um passo importante no enfrentamento do crime organizado e na busca por soluções que vão além da repressão policial.

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