Morte do rinoceronte Sudan: o último macho do norte traz esperanças e desolação, gerando indignação por extinção eminente.

O último rinoceronte-branco-do-norte do mundo, Sudan, morreu em 19 de março de 2018, na reserva florestal Ol Pejeta, no Quênia. Sudan tinha 45 anos e sua morte representou a perda definitiva da subespécie do rinoceronte-branco-do-norte, que agora é considerada funcionalmente extinta.

Sudan tornou-se conhecido internacionalmente como o “solteiro mais cobiçado do mundo”, pois o aplicativo de encontros Tinder o elegeu como tal. Além disso, a imprensa internacional o chamava de “rinoceronte mais famoso do mundo”. O jornalista fotográfico Tony Karumba, da agência de notícias AFP, capturou uma imagem famosa de Sudan em 5 de dezembro de 2016, cerca de 15 meses antes de sua morte.

Sudan passou a maior parte da sua vida no Parque Safári Dvůr Králové, na República Tcheca, entre 1975 e 2009, antes de ser transportado para a reserva natural Ol Pejeta, no Quênia. Tudo isso em uma tentativa de incentivar sua procriação com as fêmeas restantes da sua subespécie. No entanto, a tentativa não obteve sucesso, e com a morte de Sudan, as esperanças de salvar o rinoceronte-branco-do-norte da extinção literalmente foram embora.

Apesar disso, há um novo fio de esperança para fazer ressurgir o rinoceronte-branco-do-norte. Cientistas conseguiram a primeira gravidez do mundo por fertilização in vitro de uma subespécie próxima, o rinoceronte-branco-do-sul, e esperam repetir o processo com o rinoceronte-branco-do-norte.

A morte de Sudan atingiu um nível global, movendo o público, políticos, celebridades e diversos setores da sociedade. Além disso, as imagens de Sudan mostraram que estamos mudando o planeta de uma forma que os números, as estatísticas ou as reuniões governamentais não conseguem. Sudan se tornou um símbolo do relacionamento entre o reino animal e a humanidade e despertou o interesse público para a preservação da espécie.

Enquanto lamentamos a perda do último rinoceronte-branco-do-norte, também somos motivo de esperança diante das possibilidades trazidas pela ciência e pela perseverança humana na luta pela preservação das espécies ameaçadas. Sudan deixou um legado e se tornou uma figura emblemática na luta contra a caça ilegal de animais selvagens e na conscientização sobre a importância da preservação da natureza.

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