Auditores fiscais da Receita Federal fazem operação-padrão em aeroportos nesta terça-feira em meio a greve de dois meses

Auditores fiscais da Receita Federal realizam operação-padrão em aeroportos brasileiros

Após dois meses em greve, os auditores fiscais da Receita Federal estão intensificando suas ações de fiscalização. Nesta terça-feira (29), está prevista uma operação-padrão que consiste em inspeções mais rigorosas nas bagagens de passageiros que desembarcarem de voos internacionais. A ação será realizada nos dez maiores aeroportos do país, incluindo Brasília, Confins (MG), Corumbá (MS), Fortaleza, Galeão (RJ), Guarulhos (SP), João Pessoa, Porto Alegre, Recife e Viracopos (SP).

A mobilização dos auditores fiscais teve início na semana passada, com greve nos portos, aeroportos e pontos de fronteira de alfândega, focando na fiscalização de cargas. Agora, a ação foi ampliada para incluir a inspeção de bagagens de passageiros que retornam de viagens internacionais. O Sindifisco Nacional, entidade que representa a categoria, destaca que a expectativa é de filas nos aeroportos devido à intensificação da fiscalização.

Os auditores da Receita Federal estão reivindicando o recebimento de um bônus de produtividade previsto pela Lei 13.464. De acordo com a categoria, o benefício está previsto há sete anos, mas sucessivos governos descumpriram a legislação. Em junho do ano passado, o governo regulamentou o adicional, porém o Ministério da Fazenda alega falta de recursos para efetuar os pagamentos. O Sindifisco Nacional ressalta que a mobilização não afetará a liberação de medicamentos, alimentos perecíveis e cargas vivas.

Além da operação-padrão, os auditores-fiscais também têm uma manifestação marcada para quarta-feira (31) às 10h, na frente do Ministério da Fazenda, em Brasília. O objetivo do protesto é pressionar o governo a cumprir com as reivindicações da categoria.

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal tem impactado as operações nos portos, aeroportos e pontos de fronteira, levantando questões sobre os prejuízos no embarque de mercadorias. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que ainda estava sendo avaliado o impacto da mobilização, mas que até o momento não foram identificados grandes prejuízos. No entanto, a continuidade da greve e das operações-padrão gera preocupações sobre a eficiência das operações aduaneiras e o fluxo de mercadorias no país.

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