Deputado instala 272 cruzes em Brasília para pedir justiça às vítimas de Brumadinho e inquérito sigiloso é concluído pela PF.

Nesta quinta-feira (25), 272 cruzes de madeira foram instaladas no gramado central da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, como forma de pedir justiça para as vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A iniciativa partiu do deputado federal Pedro Aihara (Patriota-MG) e tem como objetivo relembrar o trágico evento que completou cinco anos hoje.

O rompimento da barragem, pertencente à mineradora Vale, foi considerado uma das maiores tragédias ambientais e trabalhistas do Brasil. Entre as 270 vítimas fatais, havia duas mulheres grávidas, totalizando 272 vidas perdidas. Ainda hoje, os corpos de três das vítimas não foram localizados.

Cada cruz colocada diante do Congresso Nacional foi inscrita com o nome de uma das vítimas fatais do rompimento da barragem. Esse evento causou o rompimento de outras duas barragens da mesma mina, além de despejar aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos em rios, cursos d´água e afetar ao menos 26 cidades, causando prejuízos ambientais e socioeconômicos para todo o estado de Minas Gerais.

Em novembro de 2021, a Polícia Federal concluiu as investigações sobre o caso e indiciou 19 pessoas, cujos nomes não foram divulgados devido ao sigilo do inquérito. O relatório final foi entregue ao Ministério Público Federal, que cabe decidir se encaminha à Justiça Federal a denúncia contra os 19 indiciados. O MPF, no entanto, evita comentar os resultados do inquérito devido ao sigilo.

O deputado federal Pedro Aihara, que trabalhava no Corpo de Bombeiros de Minas Gerais na época do rompimento e atuou nas buscas às vítimas, utilizou suas redes sociais para escrever sobre o “grito por justiça” para as vítimas de Brumadinho, que também serve como um alerta para que outras tragédias similares não ocorram. A questão da negligência e do descaso também foi salientada pelo deputado em suas publicações.

Em resposta a essa questão, Aihara optou por tomar uma posição ativa buscando justiça para as vítimas e para evitar que futuras fatalidades similares aconteçam. A instalação das 272 cruzes foi uma forma marcante de chamar a atenção das autoridades e da sociedade para a importância de se prevenir desastres desse tipo.

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