Em Brasília, em frente ao Congresso Nacional, 272 cruzes foram colocadas sobre o gramado, uma iniciativa do deputado Pedro Aihara (Patriota-MG), que atuou diretamente nos resgates às vítimas do desastre. O deputado atualizou a situação das indenizações e criticou o fato de que muitas pessoas que perderam parentes ou entes queridos e tiveram suas atividades econômicas afetadas ainda não foram indenizadas.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) também esteve em Brumadinho participando dos “atos de memória” e criticou a falta de punição para a empresa responsável e a demora na indenização dos atingidos. Além disso, ele destacou legislações aprovadas no Congresso Nacional em resposta ao crime de Brumadinho, como a nova Lei de Segurança de Barragens e a recente legislação de proteção aos atingidos por barragens.
A tragédia de Brumadinho também foi objeto de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados, que pediu o indiciamento da mineradora Vale e da empresa alemã Tüv Süd, responsável pelo laudo de estabilidade da Barragem do Córrego do Feijão. Sucessivas comissões externas foram criadas para fiscalizar e testemunhar os moradores atingidos.
Líderes comunitários e moradores de Brumadinho relataram os efeitos da tragédia em suas vidas, incluindo danos à saúde mental e presença de metais pesados em suas comunidades. Além disso, estudos independentes apontaram riscos à saúde humana por ingestão de água subterrânea com concentração de metais pesados em Brumadinho.
Este crime socioambiental em Brumadinho representa um marco na legislação ambiental e na consciência pública brasileira, levando a mudanças significativas nas leis de segurança de barragens e na proteção dos atingidos. As discussões e esforços contínuos para garantir justiça e reparação para as vítimas demonstram a importância de eventos como a lembrança dos cinco anos do desastre de Brumadinho e a continuidade das ações para mitigar os impactos dessa tragédia. A luta por justiça e reparação para as vítimas e suas comunidades continua.