No entanto, apesar de autorizar o compartilhamento dos dados, o ministro Moraes decidiu não permitir que delações premiadas sejam enviadas ao órgão. Segundo ele, “neste momento processual, se revelaria absolutamente prematuro, em razão da pendência de finalização das diversas diligências determinadas.” Isso mostra que o ministro considera que ainda há diligências a serem feitas antes de se tomar decisões tão importantes quanto o envio de delações premiadas.
Foi a CGU que fez o pedido de acesso às investigações, com o objetivo de apurar a conduta de servidores públicos envolvidos nos fatos investigados. A decisão do ministro Moraes mostra que as instituições estão atuando de maneira independente e buscando a transparência e a responsabilização daqueles que estejam envolvidos em condutas ilícitas.
Essa autorização de compartilhamento das investigações é mais um capítulo importante no cenário político brasileiro, especialmente em um momento de polarização e conflitos entre as esferas política e judicial. A atuação do STF e a decisão do ministro Moraes sinalizam que as instituições estão atentas e comprometidas com a defesa da democracia e o combate à corrupção e a condutas antiéticas. A CGU, por sua vez, demonstra seu papel fundamental no controle interno do governo e na apuração de possíveis irregularidades, reforçando a importância do trabalho conjunto entre os órgãos de controle e fiscalização do Estado.