Justiça determina que Universidade do Estado do Amazonas segure vaga de criança prodígio de 11 anos aprovada no vestibular de matemática.

Um grande debate sobre a educação no Brasil tomou conta das redes sociais nos últimos dias, após a Justiça determinar que a Universidade do Estado do Amazonas segure a vaga de Luan Gabriel, 11 anos, que foi aprovado no vestibular do ano passado para cursar matemática na instituição.

Luan se tornou conhecido ao participar do quadro Pequenos Gênios, do programa Domingão com o Hulk, onde demonstrou suas habilidades em cálculos longos de matemática e conhecimentos de geografia sem qualquer tipo de ajuda. Essa participação chamou a atenção da Família de Luan que entrou com uma ação na Justiça amazonense para garantir que a vaga conquistada na universidade seja resguardada até que seja decidido se o menino vai ou não dar esse salto na sua educação.

Segundo a decisão da Justiça, o garoto precisaria pular o restante do ensino fundamental e todo o ensino médio, o que gerou preocupações quanto ao seu nível de maturidade emocional e capacidade de adaptação ao ambiente universitário. O juiz Marcelo Vieira determinou que a Secretaria de Estado de Educação faça um exame de avanço escolar para avaliar se Luan é capaz de cursar a universidade, considerando seu avançado intelecto e suas habilidades. No entanto, até o momento, o exame não foi marcado pela secretaria.

Na decisão, o magistrado ressaltou que o Brasil ainda não possui estrutura educacional e psicopedagógica para dar apoio a pessoas com altas habilidades, o que pode levar a prejuízos à saúde mental, como quadros ansiogênicos ou de depressão.

A família do garoto apresentou um relatório neuropsicológico atestando os critérios para altas habilidades e superdotação do tipo acadêmico, o que reforçou a necessidade de uma decisão que resguarde a vaga de Luan na universidade.

Muitos estudiosos e especialistas em educação têm se manifestado sobre o caso, apontando a necessidade de criar estratégias pedagógicas e sociais para apoiar esses jovens superdotados, garantindo que eles possam desenvolver todo o seu potencial, sem prejudicar seu bem-estar psicológico e emocional.

Esse caso traz à tona a necessidade de repensar o sistema educacional, a forma como avaliamos as habilidades e potenciais dos estudantes, e como podemos oferecer um ambiente escolar mais inclusivo e preparado para atender às necessidades de todos os alunos, independentemente de suas habilidades excepcionais.

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