Além disso, a indústria também registrou um avanço na comparação com o mesmo período do ano anterior, crescendo 1,3% em relação a novembro de 2022. Apesar desses resultados positivos, o setor acumula uma variação de apenas 0,1% nos 11 primeiros meses de 2023. Ao considerar o acumulado de 12 meses, a produção industrial se mantém estável.
O gerente da pesquisa, André Macedo, ressaltou que, apesar do saldo positivo nos últimos quatro meses, o setor industrial ainda está 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 17,6% abaixo do ponto mais elevado da série histórica, que foi alcançado em maio de 2011.
Entre as 25 atividades industriais pesquisadas, treze apresentaram aumento na produção em novembro em comparação com outubro, com destaque para as indústrias extrativas, que registraram um aumento de 3,4%, e para os produtos alimentícios, com um crescimento de 2,8%. As indústrias extrativas foram impulsionadas pela maior extração de petróleo e de minério de ferro, enquanto os alimentos foram impulsionados pelo açúcar, derivados de soja e carnes bovinas.
Por outro lado, doze atividades tiveram queda, incluindo produtos farmoquímicos e farmacêuticos, veículos automotores, equipamentos de informática, produtos eletrônicos, máquinas e equipamentos.
Em relação às atividades econômicas da indústria, os bens intermediários tiveram um aumento de 1,6%, seguido pelos bens de consumo semi e não duráveis, com uma alta de 0,2%. Já os bens de capital e os bens de consumo duráveis registraram quedas de 1,7% e 3,3%, respectivamente.
Esses dados refletem um panorama positivo para a produção industrial brasileira em novembro, mas ainda existem desafios a serem superados para atingir níveis pré-pandêmicos e de crescimento mais expressivo.
