Ministério da Fazenda revela desigualdade na distribuição da renda e da riqueza no Brasil através do Imposto de Renda.

O Ministério da Fazenda publicou um relatório no último dia 29 de dezembro que revela a desigualdade na distribuição da renda e da riqueza da população brasileira. O estudo analisou os dados do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2021 e 2022, apontando que 10% dos declarantes de Imposto de Renda concentram mais da metade da renda total do país em 2022. Em contraste, pouco mais da metade das pessoas que declararam o imposto têm menor renda e concentram apenas 14% do total de ganhos.

Em 2022, aproximadamente 38,4 milhões de contribuintes apresentaram declaração do Imposto de Renda, o equivalente a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil. A declaração do IRPF é obrigatória para todas as pessoas residentes no Brasil que tenham recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70, entre outros critérios.

No que diz respeito à riqueza, o relatório aponta que os 10% mais ricos concentram 58% da riqueza nacional. A pesquisa também aborda as isenções de Imposto de Renda, com destaque para os lucros e dividendos, que representam a remuneração dos acionistas de empresas e correspondem a 35% do total das isenções.

Além disso, o estudo revela que as despesas dedutíveis apresentadas pelos contribuintes aumentam de acordo com a renda, com as despesas médicas e de previdência concentrando a maior parte das deduções. O relatório também destaca a desigualdade de gênero na concentração da renda, revelando que apenas 37% das pessoas que declararam renda são mulheres, em comparação a quase 63% de homens.

Outro dado relevante é a disparidade regional, com o Distrito Federal tendo a maior renda média do país, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto o Maranhão apresenta a menor renda média.

Esses números refletem a necessidade de políticas públicas que visem a redução das desigualdades sociais no país, incluindo reformas no sistema tributário e medidas para promover a inclusão e a equidade de gênero. A desigualdade na distribuição da renda e da riqueza é um desafio que requer atenção e ações efetivas por parte do governo e da sociedade como um todo.

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