Em 2022, aproximadamente 38,4 milhões de contribuintes apresentaram declaração do Imposto de Renda, o equivalente a 35,6% da População Economicamente Ativa (PEA) do Brasil. A declaração do IRPF é obrigatória para todas as pessoas residentes no Brasil que tenham recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70, entre outros critérios.
No que diz respeito à riqueza, o relatório aponta que os 10% mais ricos concentram 58% da riqueza nacional. A pesquisa também aborda as isenções de Imposto de Renda, com destaque para os lucros e dividendos, que representam a remuneração dos acionistas de empresas e correspondem a 35% do total das isenções.
Além disso, o estudo revela que as despesas dedutíveis apresentadas pelos contribuintes aumentam de acordo com a renda, com as despesas médicas e de previdência concentrando a maior parte das deduções. O relatório também destaca a desigualdade de gênero na concentração da renda, revelando que apenas 37% das pessoas que declararam renda são mulheres, em comparação a quase 63% de homens.
Outro dado relevante é a disparidade regional, com o Distrito Federal tendo a maior renda média do país, seguido por São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto o Maranhão apresenta a menor renda média.
Esses números refletem a necessidade de políticas públicas que visem a redução das desigualdades sociais no país, incluindo reformas no sistema tributário e medidas para promover a inclusão e a equidade de gênero. A desigualdade na distribuição da renda e da riqueza é um desafio que requer atenção e ações efetivas por parte do governo e da sociedade como um todo.