Algoritmo dinamarquês prevê com 78% de acerto se uma pessoa irá morrer em quatro anos; mudança de comportamento é esperada.

Um novo modelo de inteligência artificial desenvolvido por pesquisadores dinamarqueses promete prever a morte das pessoas com uma precisão de 78%. A previsão leva em consideração fatores como classe social e condições preexistentes, e tem como objetivo transformar a bola de cristal em estatística, tornando possível saber, dentro de uma variação, quando uma pessoa irá morrer.

Essa previsão promete ser lucrativa, interessando às corretoras, à venda de seguros e à medicina que se compromete a adiar o fim. Os remédios poderão ser divididos em categorias de acordo com a previsão de cada um, e os preços também. Este novo sistema pode traçar um caminho mais seguro para as empresas e indivíduos, permitindo uma maior organização financeira e até mesmo a preparação emocional para a perda iminente.

No entanto, a reflexão sobre a data de nossa morte pode ir além do aspecto financeiro. A morte é um assunto tratado de forma respeitosa e muitas vezes até tabu em diversas culturas e sociedades. No folclore brasileiro, por exemplo, a morte é retratada como um ser que negocia: cada pessoa tenta negociar mais uns dias de vida, e todos têm suas justificativas. É essa reflexão que nos coloca diante da inevitabilidade da morte e que nos leva a repensar nossos hábitos e atitudes.

A ciência vem mostrando que a quebra de hábitos ruins não exige puramente força de vontade, mas sim a utilização de outras estratégias. Hábitos bons e ruins sempre fascinaram filósofos e administradores públicos, refletindo sobre os conceitos atuais de virtude e concluindo que alguns pensadores sustentam que é por natureza que algumas pessoas se tornam boas, outras por hábito e outras por instrução. Sendo assim, a quebra de hábitos é essencial para moldar nosso destino e influenciar nosso destino.

Diante dessa questão, muitas pessoas buscam repensar seus hábitos e metas na virada do ano, buscando traçar um caminho para o futuro. Há, no entanto, a consciência de que diversas empresas já podem nos incluir em algum tipo de sistema probabilístico, prevendo a data de nossa morte e influenciando em algumas decisões. Mesmo assim, há quem prefira continuar planejando sem modelos matemáticos, optando por dar um “voo cego em direção ao que deseja, nem sempre ao que é possível”, como disse um sepultador aposentado da cidade de São Paulo, conhecido como Fininho.

Portanto, mesmo com a possibilidade de prever a data de nossa morte, muitas pessoas preferem se manter na ignorância e continuar buscando uma vida focada no que desejam, sem se deixar influenciar totalmente por esses modelos preditivos. A expectativa de vida e a incerteza do amanhã continuam a ser elementos fundamentais na busca por uma vida plena e realizada.

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