No mês anterior, em outubro, o número de reajustes acima da inflação foi significativamente maior, atingindo 78,1% das negociações. Além disso, a média do ano, de acordo com a Fipe, é de 78,5%, o que mostra uma queda expressiva nos índices de novembro.
Em relação aos números específicos, o reajuste mediano de novembro foi de 5%, enquanto a inflação acumulada pelo INPC foi de 4,1% nos últimos 12 meses. Já em outubro, o ganho mediano também havia sido de 5%, porém a inflação foi um pouco mais alta, atingindo 4,5%.
Além disso, o relatório mostra que 28,6% das negociações resultaram em ganhos equivalentes à inflação do período, enquanto em 3,8% dos casos houve perda real nos salários. Em comparação, em outubro, essas proporções foram de 9,2% e 12,7%, respectivamente.
No que diz respeito aos setores, a construção civil foi o que apresentou os maiores ganhos reais nos reajustes de novembro, com um reajuste mediano de 1,52% acima da inflação. Em seguida, aparecem a agropecuária (1,17%), os serviços (1,0%), a indústria (0,94%) e o comércio (0,50%).
Quanto às regiões, o Centro-Oeste liderou, com um reajuste real mediano de 1,17%. Na sequência, surgem o Sudeste (1,07%), Sul (0,87%), Norte (0,56%) e Nordeste (0,53%).
Esses dados demonstram a preocupante queda na proporção de reajustes salariais acima da inflação, o que pode sinalizar um enfraquecimento das negociações entre empregadores e funcionários. Na iminência de um cenário econômico impactado pela inflação, é importante monitorar atentamente esses indicadores e buscar soluções para reverter esse quadro.