Inicialmente, o Itamaraty havia informado que 32 pessoas deixaram a Faixa de Gaza, mas, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), que foi responsável pela aeronave, apenas 30 pessoas embarcaram no voo de retorno ao Brasil. Outros dois indivíduos ficaram de fora por questões médicas, o que demonstra a complexidade e os desafios de resgatar pessoas de uma região afetada por um conflito armado.
Os brasileiros e seus familiares deixaram a Faixa de Gaza no dia 21 de dezembro, sendo recebidos no Egito por autoridades da embaixada e, posteriormente, transportados da fronteira até a capital, Cairo, onde passaram a noite. No dia seguinte, o grupo embarcou com destino a Brasília, em um voo que também transportava seis toneladas de ajuda humanitária, incluindo purificadores de água e equipamentos para geração de energia.
Segundo informações, desde o início da guerra, 1.555 brasileiros foram resgatados, a maioria de Israel, mas também de Gaza e da Cisjordânia. A operação de resgate é considerada complexa, especialmente no caso da Faixa de Gaza, uma vez que o enclave está sob cerco israelense, restringindo a saída por meio da fronteira com o Egito. Além disso, a região vive uma escalada da violência em meio ao conflito armado.
A situação na Faixa de Gaza tem gerado preocupação e mobilização internacional, com autoridades de diversos países buscando maneiras de auxiliar na evacuação de civis e na entrega de assistência humanitária. A reabertura do trecho na fronteira com o Egito, em novembro, representou um avanço para a saída de palestinos feridos e cidadãos estrangeiros, incluindo os brasileiros repatriados.
É importante destacar que a ação de repatriação e de fornecimento de ajuda humanitária mostra o comprometimento do governo brasileiro e de diversas entidades internacionais em amparar e proteger cidadãos em situações de crise e conflito. A participação do presidente Lula no almoço de acolhimento ressalta a atenção e a solidariedade do país para com aqueles que enfrentam condições adversas em meio a um cenário de guerra.