Um dos principais fatores apontados para a disseminação da dengue é a crise climática, que tem elevado a temperatura mundial e permitido a sobrevivência do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, em novos ambientes. Além disso, o fenômeno El Niño de 2023 acentuou os efeitos do aquecimento global e das alterações climáticas, com previsão de persistência até meados de 2024.
Diante deste cenário, o Ministério da Saúde do Brasil já está projetando um aumento significativo nos casos de dengue no país no próximo ano. A pasta decidiu incorporar uma vacina contra a doença, desenvolvida pela farmacêutica Takeda, ao sistema público de saúde após parecer favorável da Conitec, comissão que avalia novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além do aumento no número de casos, a OMS alertou para os casos graves da doença, com 5 mil mortes registradas em todo o mundo, sendo 1.474 apenas no Brasil. A dengue é a infecção viral mais comum transmitida a humanos por mosquitos infectados, e seus sintomas incluem febre alta, mal-estar, falta de apetite, manchas vermelhas na pele, dores no corpo, articulações, nos olhos e na cabeça.
Para combater a infestação de mosquitos, o Ministério da Saúde orienta a população a eliminar criadouros e manter reservatórios e locais que acumulem água cobertos com telas, capas ou tampas. Também são recomendadas medidas de proteção contra picadas, especialmente em áreas de maior transmissão, pois o Aedes aegypti é conhecido por atacar principalmente durante o dia.
A aplicação da vacina contra a dengue está prevista para começar em fevereiro de 2024, o que fará do Brasil o primeiro país a oferecer o imunizante no sistema público de saúde. Este é um passo significativo no enfrentamento da dengue e na proteção da população contra a doença.
