Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres aprova projeto de multar quem dificultar acesso a métodos de planejamento familiar.

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que classifica como contravenção penal o ato de impedir ou dificultar, sem a devida justificativa, o acesso aos métodos de planejamento familiar, estipulando como penalidade uma multa. O Projeto de Lei 2889/21, proposto pela senadora Nilda Gondim (MDB-PB) e aprovado pelo Senado Federal, teve parecer favorável da relatora na Câmara, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que recomendou a aprovação na forma de um substitutivo.

No substitutivo apresentado pela relatora, foram mantidas apenas as “inovações” no ordenamento jurídico, conforme destacou a deputada. Com isso, a proposta original que proibia os planos de saúde de exigirem o consentimento do cônjuge ou companheiro para que as mulheres utilizassem métodos contraceptivos foi retirada do texto.

A relatora Laura Carneiro justificou essa decisão citando a Lei 14.443/22, sancionada após a aprovação do projeto no Senado, que modificou a Lei do Planejamento Familiar, desobrigando a autorização do cônjuge na adoção de contraceptivos reversíveis e irreversíveis.

O Projeto de Lei 2889/21 ainda passará pela análise das comissões de Saúde; de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.

Essa iniciativa visa garantir a autonomia das mulheres na escolha de métodos contraceptivos, evitando a necessidade de um consentimento que, segundo a relatora, poderia interferir na saúde e na liberdade reprodutiva das mulheres.

A relatora do projeto na Câmara dos Deputados também salientou a importância de se atualizar a legislação para acompanhar as mudanças sociais e tecnológicas, priorizando sempre a autonomia e o direito das mulheres sobre suas próprias vidas.

A iniciativa tem como objetivo promover um debate sobre a garantia dos direitos das mulheres e assegurar que elas tenham liberdade e autonomia para decidir sobre suas vidas reprodutivas. A proposta também busca eliminar possíveis entraves burocráticos e garantir o pleno acesso aos métodos contraceptivos, e a sua tramitação continua no Congresso Nacional.

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