No entanto, o novo colapso gerou uma disputa sobre as indenizações já acordadas. Os grupos políticos de Alagoas se envolveram na briga pelas indenizações. De um lado está o senador Renan Calheiros (MDB-AL), aliado do governador Paulo Dantas (MDB). Do outro, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL).
A situação se intensificou com a instalação de uma CPI no Senado para investigar o afundamento do solo, e com a decisão do governador de Alagoas de questionar cláusulas dos documentos assinados pela companhia com as autoridades públicas.
A Braskem, por sua vez, afirma que sua posição é validar os cinco acordos. A empresa já realocou cerca de 40 mil pessoas em decorrência do colapso e já indenizou 99,8% delas. A vice-presidente Global de Comunicação e Pessoas da Braskem, Marcelo Arantes, garante que a indenização é feita de forma justa, com base em critérios técnicos e sociais.
Arantes defende que a Braskem não se declara responsável pelo desastre, pois desde o início as causas do colapso apontavam para a complexidade geológica da região, não havendo um único fator responsável pelo fenômeno. Ele reforça que a Braskem não tem como responder se o ganho com a mina de Maceió foi superior, inferior ou igual ao custo das indenizações, já que o número não é publicado no balanço.
A empresa afirma que todos os acordos firmados foram resultado de ampla discussão e baseados em dados técnicos e jurídicos, homologados na Justiça. Por fim, a Braskem se compromete a contribuir com a CPI instaurada no Senado, explicando detalhadamente cada acordo e esclarecendo as questões levantadas.
