Marilda Araújo, aposentada de 71 anos, que tem filhos e netos, elogiou a iniciativa por permitir que as famílias possam passear mais aos domingos. No entanto, ela expressou preocupação de que a gratuidade não permaneça por muito tempo e sugeriu também a gratuidade do metrô. Ao mesmo tempo, a assistente administrativa Thaís Machado, 29 anos, saiu da zona leste em direção à região da 25 de Março, no centro, afirmou que a medida pode beneficiar não só quem sai para lazer, mas também muitas pessoas que trabalham aos domingos.
No entanto, a preocupação com um possível reajuste da tarifa dos ônibus em breve foi abordada. O governo do Estado anunciou um reajuste nas passagens do Metrô e da CPTM, de R$ 4,40 para R$ 5, enquanto o prefeito Nunes afirmou que pretende manter congelada a tarifa dos ônibus. Thaís Machado reclamou do alto valor da tarifa e cobrou melhores condições de transporte.
A comerciante Ângela do Vale, que não sabia da gratuidade, também cobrou melhorias e ressaltou a necessidade de acessibilidade durante a semana. O professor de Geografia Leilson Antônio, de 26 anos, que já sabia da gratuidade, elogiou a ideia, mas sugeriu que a integração gratuita também fosse estendida ao Metrô e CPTM.
A reportagem realizou uma viagem no Terminal AE Carvalho, na zona leste, por volta das 8 horas da manhã. Durante o percurso, poucas pessoas embarcaram no coletivo, e nos pontos de ônibus, a movimentação estava tranquila em praticamente todo o trajeto, sendo mais movimentada apenas na região do Brás. A chegada ao Terminal Parque Dom Pedro ocorreu exatamente uma hora depois do início da viagem.
A Prefeitura ainda não se manifestou sobre os pedidos de melhorias na rede de transporte, e o Estadão também aguarda resposta da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado sobre a possibilidade de aderir ao programa de tarifa zero.
A medida divide especialistas, com parte deles afirmando que a tarifa zero promove o direito à mobilidade e mais inclusão social, enquanto outra corrente vê na medida um uso ineficiente de dinheiro público. Mesmo entre os favoráveis à medida, há ressalvas sobre o modelo adotado na capital paulista.