A última elevação nas tarifas ocorreu em 2020, quando o valor subiu de R$ 4,30 para R$ 4,40. Já em 2017, a passagem custava R$ 3,80, um aumento integralmente repassado aos usuários, tornando a viagem nos transportes públicos mais custosa para os cidadãos.
Em entrevista coletiva, o governador de São Paulo justificou o reajuste afirmando que o estado não tinha mais condições de subsidiar o valor atual da passagem, que não havia sido alterado desde o início da pandemia da Covid-19.
De fato, observa-se uma tendência de aumento gradativo nas tarifas de metrô e trem em São Paulo, com uma única exceção em 2013, quando houve uma redução nos preços após intensos protestos contra o aumento, que ficou conhecido como Jornadas de Junho.
Outra alta significativa foi registrada em 2015, quando a tarifa subiu de R$ 3 para R$ 3,50, representando um reajuste de 16,67%. Esse foi, em termos percentuais, o mais alto observado no período entre 2006 e 2024.
Essa sequência de aumentos, muitas vezes superiores à inflação do período, prejudica a população e afeta diretamente o orçamento familiar, visto que o transporte público é a única opção para muitos cidadãos.
É fato que os custos operacionais do sistema de transporte público necessitam de ajustes para garantir a sustentabilidade do serviço, entretanto, é preciso encontrar mecanismos que não impactem negativamente o poder aquisitivo da população, tornando as tarifas mais acessíveis e garantindo o direito à mobilidade urbana.
Diante desse cenário, é fundamental que autoridades públicas e órgãos responsáveis pelo transporte coletivo atuem de forma transparente, buscando soluções equilibradas que garantam a qualidade dos serviços, sem onerar excessivamente os passageiros.