Dólar se valoriza frente ao real com incerteza fiscal e dados econômicos em destaque, atingindo R$ 4,9321.

O dólar à vista abriu em queda, mas logo se alinhou à valorização leve da moeda americana exibida no exterior frente pares principais. O euro e a libra também cederam ante o dólar após dados de PMIs na zona do euro e Alemanha reforçarem a contração da economia. Além disso, a incerteza fiscal interna também está pesando no sentimento dos investidores, de acordo com um operador de câmbio.

Nos primeiros negócios, a moeda americana registrou queda em meio à alta de commodities e dados mistos da economia chinesa. Um operador destacou a possibilidade de ingresso de fluxo comercial, com a cotação no mercado à vista acima de R$ 4,910 na abertura desta sexta-feira.

No entanto, o ajuste de alta do dólar é limitado pela queda dos rendimentos dos Treasuries. A T-Note de 10 anos segue abaixo de 4%, a 3,895% às 9h42 (3,909% no fim da tarde de ontem).

Os investidores estão em compasso de espera pelas votações no Congresso que vão afetar o cumprimento da meta fiscal de 2024. As votações da MP da Subvenção e da reforma tributária são os destaques, especialmente após importantes derrotas do governo no Congresso, com a derrubada do veto do presidente à desoneração da folha de pagamentos para 17 setores e do veto ao marco temporal.

Às 9h42, o dólar à vista já subia 0,34%, a R$ 4,9321, após registrar máxima a R$ 4,9331 (+0,37%). Na mínima, caiu a R$ 4,9056 (-0,19%) após a abertura da sessão. O dólar para janeiro de 2024 ganhava 0,35%, a R$ 4,9345.

O mercado cambial segue acompanhando de perto os desdobramentos tanto no âmbito internacional quanto no doméstico, em um cenário de volatilidade e incertezas. Os investidores continuam atentos às notícias e analisando os impactos diretos e indiretos para suas operações e estratégias de curto e médio prazo. A questão fiscal interna, em especial, é um fator que tem contribuído para a volatilidade e para a falta de direcionalidade mais clara nos mercados de câmbio.

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