Durante sua fala, o deputado ressaltou sua vasta experiência na área, com mais de 36 anos de estudo do sistema tributário. Ele sempre defendeu a unificação dos impostos atuais em um sistema de imposto unificado por valor agregado, conforme propõe o sistema em discussão. Hauly destacou que o modelo de imposto de valor agregado (IVA) proposto é adotado por 174 países e tem o potencial de solucionar os problemas das disputas sobre a base do consumo.
O deputado também mencionou que o sistema tributário atual gera disputas judiciais e administrativas no valor de cerca de R$ 7 trilhões. Em contrapartida, o novo sistema proposto é mais claro e eficiente, criando um IVA com cobrança automática e geração de créditos financeiros compensados automaticamente, além de uma partilha automática.
No entanto, o deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) apontou que a maioria das críticas à reforma tributária são baseadas na falta de informação sobre o assunto, considerando a discussão complexa. Ele ressaltou que, apesar de não ser perfeito, o texto em análise é “infinitamente melhor” do que o sistema atual e afirmou que a reforma contempla todos os setores, incluindo o agronegócio e os serviços.
Por outro lado, o deputado Silvio Antonio (PL-MA) destacou que a oposição não é contra a reforma tributária, mas apresenta divergências com pontos do texto. Para ele, há um excesso de setores em regime diferenciado e acredita que não haverá diminuição de impostos.
Ainda há muito a ser discutido sobre a reforma tributária, mas as primeiras considerações dos especialistas e parlamentares presentes na sessão indicam um debate intenso e crucial para o futuro do país. A reportagem continuará acompanhando os desdobramentos desse importante tema.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli
